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Conferência Livre debate importância da comunicação com a cidade

Fotos: Cristine Rochol

A conferência Livre O Olhar e o Papel da Comunicação sobre a Vigilância em Saúde promoveu, em 10 de agosto, o encontro de três convidados – a professora da UFRGS Cristianne Famer Rocha (foto, E) e os jornalistas Gabriel Galli e Vitor Necchi (foto, D) – com 52 pessoas, a maioria trabalhadores da área da saúde, mas também profissionais da área da comunicação, gestores e representantes do Conselho Municipal de Saúde.

Em quase quatro horas de duração, os debates giraram em torno de temas como a relevância da comunicação direta entre a vigilância em saúde e a população, uso de ferramentas digitais como as redes sociais e dos tradicionais meios de divulgação de informação (panfletos, folderes e cartazes, entre outras peças). De acordo com o jornalista Gabriel Galli, 54% dos brasileiros têm acesso à internet, o que justifica maior investimento na criação de canais para comunicação com esse público. “No entanto, outros 46%, muitos dos quais pessoas que mais precisam dos serviços de saúde públicos, não têm acesso à internet. Como incrementar e tornar mais efetivo o diálogo com esse público?”, perguntou Vitor Necchi.

Para Cristianne Famer Rocha, entre os desafios que se apresentam para a área da comunicação estão a ampliação do acesso às informações governamentais, do direito da população de falar e de ser ouvido, ou seja, uma comunicação pautada nos princípios do SUS, garantir maior visibilidade pública para os temas da vigilância em saúde e mais e melhor acesso às e ao uso das tecnologias. Os três convidados foram unânimes em destacar a importância da democratização da comunicação para superação desses desafios. Temas como uma carreira de Estado, com profissionais concursados, na estrutura pública nos três níveis da federação, importância da especialização dos profissionais de comunicação que atuam em veículos da mídia regional e nacional e o financiamento da comunicação pública também foram debatidos.

A professora Cristianne ressaltou que o Ministério da Saúde detém a grande maioria dos recursos para produção de materiais de divulgação no país, muitas vezes produzindo peças que não têm adequação regional ou que não retratam situações epidemiológica, sanitária ou ambiental específicas. Para ela, é preciso “repassar recursos e apoiar tecnicamente estados e municípios para desenvolver sua capacidade comunicativa e criar condições para que a polifonia social seja ouvida e de fato considerada”, frisou em sua apresentação.

A conferência livre de comunicação integra o processo de construção da 2ª Conferência Municipal de Vigilância em Saúde. As propostas construídas pelos participantes do encontro serão defendidas na etapa municipal da 2ª CMVS, que acontecerá nos dias 25 e 26 de agosto, no Hotel Continental, em Porto Alegre. Mais informações sobre a 2ª CMVS no site do evento. Para acessar a apresentação da professora Cristianne Famer Rocha, clique aqui.


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